Prólogo (1-25)

I. A Vida do Homem: Conhecer e Amar a Deus

Deus, em sua infinita perfeição e bem-aventurança, criou livremente o ser humano para partilhar de Sua vida bem-aventurada. Por isso, está sempre próximo do homem, chamando-o a procurá-Lo, conhecê-Lo e amá-Lo com todas as suas forças. Mesmo dispersos pelo pecado, Deus convoca todos para a unidade de Sua família, a Igreja, enviando Seu Filho como Redentor e Salvador.​

Cristo, ao enviar os Apóstolos, confiou-lhes a missão de anunciar o Evangelho a todas as nações, batizando e ensinando os mandamentos divinos. Fortalecidos por essa missão, os Apóstolos pregaram por toda parte, com o Senhor confirmando a Palavra com sinais que a acompanhavam.​

Aqueles que aceitaram o chamado de Cristo, movidos por Seu amor, sentiram-se impelidos a anunciar a Boa-Nova. Esse tesouro, recebido dos Apóstolos, foi fielmente guardado pelos seus sucessores. Todos os fiéis são chamados a transmiti-lo de geração em geração, vivendo a fé em comunhão fraterna e celebrando-a na liturgia e na oração.​

II. Transmitir a Fé: A Catequese

Desde cedo, a Igreja denominou “catequese” o conjunto de esforços para fazer discípulos, ajudando-os a acreditar que Jesus é o Filho de Deus e educando-os nessa vida, construindo assim o Corpo de Cristo. A catequese é uma educação da fé que compreende especialmente o ensino da doutrina cristã, ministrado de modo orgânico e sistemático, visando à iniciação na plenitude da vida cristã.​

Embora distinta, a catequese articula-se com diversos elementos da missão pastoral da Igreja, como o primeiro anúncio do Evangelho, a busca das razões de acreditar, a experiência da vida cristã, a celebração dos sacramentos, a integração na comunidade e o testemunho apostólico.​

A catequese está intimamente ligada à vida da Igreja, sendo essencial para seu crescimento interior e conformidade com o desígnio de Deus. Períodos de renovação da Igreja são também tempos fortes de catequese, como demonstrado na era dos Padres da Igreja e no Concílio de Trento, que originou o Catecismo Romano.​

Após o Concílio Vaticano II, considerado por Paulo VI como o grande catecismo dos tempos modernos, a catequese ganhou novo destaque, evidenciado pelo Diretório Catequético Geral (1971), os Sínodos dos Bispos sobre evangelização (1974) e catequese (1977), e as exortações apostólicas “Evangelii Nuntiandi” (1975) e “Catechesi Tradendae” (1979).​

III. Finalidade e Destinatários deste Catecismo

Este Catecismo visa apresentar uma exposição orgânica e sistemática da fé e da doutrina católica, servindo como referência segura para o ensino da fé e como instrumento eficaz para a catequese. Destina-se principalmente aos responsáveis pela catequese: bispos, presbíteros e catequistas.​

IV. Estrutura do Catecismo da Igreja Católica

O Catecismo está estruturado em quatro partes principais:​ Wikipédia, a enciclopédia livre

  1. A Profissão de Fé (o Credo)​
  2. A Celebração do Mistério Cristão (os Sacramentos)​
  3. A Vida em Cristo (os Mandamentos)​
  4. A Oração Cristã (o Pai-Nosso)​

Essa estrutura segue a tradição dos catecismos antigos, articulando a catequese em torno dos pilares fundamentais da fé cristã.​

V. Indicações Práticas para o Uso deste Catecismo

Este Catecismo é destinado a ser um instrumento útil e seguro para a renovação da catequese nas diversas formas da vida cristã. Deve ser utilizado como referência para a elaboração de catecismos locais e como guia para a formação dos fiéis.​

VI. As Necessárias Adaptações

Embora ofereça uma exposição completa da fé católica, este Catecismo reconhece a necessidade de adaptações às diversas culturas, idades, situações sociais e eclesiais. Essas adaptações são responsabilidade das autoridades eclesiásticas locais, garantindo que a mensagem do Evangelho seja transmitida de forma eficaz e compreensível a todos.


Por Minha Fé Católica


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